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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Lições Bíblicas CPAD O compromisso com a Palavra de Deus

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

4º Trimestre de 2011

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Lição 8: O compromisso com a Palavra de Deus
Data: 20 de Novembro de 2011

TEXTO ÁUREO

Firmemente aderiram [...] de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos(Ne 10.29).

VERDADE PRÁTICA

O compromisso com a Bíblia é o requisito imprescindível para a Igreja de Cristo seguir vitoriosa

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 10.28-33.

INTERAÇÃO

Ao aceitarmos a Cristo como o nosso Senhor e Salvador, comprometemo-nos diretamente em seguir seus ensinamentos, pois não há possibilidade alguma de dizermos que somos seus seguidores sem vivê-los. Israel descobriu, após muito sofrimento, que se tivesse guardado a Lei, o povo não terminaria no cativeiro, as cidades não teriam sido devastadas e os muros não necessitariam de reconstrução. Quando pautamos nossa vida nas Sagradas Escrituras, naturalmente passamos a ter comunhão com o Senhor e a sua boa mão permanece sobre nós.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Compreender que a Bíblia é o guia para que tenhamos uma vida vitoriosa e abundante.
  • Conscientizar-se de que o crente não pode se casar com idólatras.
  • Estabelecer um dia da semana para adorar ao Senhor.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, converse com seus alunos explicando que o avivamento experimentado pelo povo de Deus, fez com que os israelitas assumissem um compromisso de obedecer ao Senhor e à sua Palavra. Enfatize o fato de que eles assumiram esse compromisso publicamente. Todos afirmaram que tomariam as seguintes atitudes:

   1. Servir a Deus e sua Palavra com inteireza de coração (Ne 10.29);
   2. Como povo santo, manter-se separado do mundo (Ne 10.30,31);
   3. Sustentariam a obra do Senhor com seus dízimos e ofertas voluntárias (Ne 10.32-39).

COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Compromisso: Obrigação assumida por uma ou diversas partes; comprometimento.

Neste domingo, estudaremos as marcas indeléveis que o avivamento de Jerusalém deixou na vida cotidiana dos israelitas. Sob a liderança de Neemias, o povo, seguindo o exemplo de seus líderes, assumiu o compromisso de observar integralmente a Lei de Deus.
É urgente romper com o estilo de vida deste presente século e assumir, com temor e tremor, o que nos prescreve o Livro dos livros.

I. OBEDECENDO A PALAVRA DE DEUS

1. Um concerto com Deus. Após a restauração dos muros de Jerusalém, os judeus experimentaram um genuíno e profundo avivamento, levando-os a firmar o solene compromisso de obedecer rigorosamente a Palavra de Deus: “E, com tudo isso, fizemos um firme concerto e o escrevemos” (Ne 9.38).
2. Os líderes como exemplo (Ne 10.28-29). Nesse concerto, os líderes judaicos portaram-se exemplarmente e foram admirados pelo povo. Quando o obreiro age com fidelidade e amor, todos o seguem com alegria e obedecem, com júbilo, o que Deus nos ordena em sua Palavra. Liderança é, acima de tudo, caráter e exemplo (1 Pe 5.1-3).
Sem tais quesitos, os resultados são deploráveis.
3. A instrução das Escrituras. O progresso da família, da igreja ou da nação depende fundamentalmente da observância da Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada é o guia seguro e infalível que nos conduz a uma vida vitoriosa e abundante. Tem você observado fielmente as Sagradas Escrituras?

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Como fruto da leitura e entendimento da Lei os judeus experimentaram um verdadeiro avivamento e firmaram um compromisso de obedecer a Palavra de Deus.
 
II. UM POVO SEPARADO

1. A união reprovada por Deus. Ao tirar Israel do Egito, ordenou-lhe Deus, de modo claro e veemente, que não se misturasse com outros povos: “Guarda-te que não faças concerto com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se após os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam após os seus deuses” (Êx 34.12,16). Esse preceito é repetido em outros textos sagrados (Dt 7.3; Ed 9.12,14). Os israelitas, porém, distanciando-se de Deus, fizeram justamente o contrário: uniram-se às mulheres pagãs. E o resultado não poderia ser mais desastroso. Mas agora, avivados pela Palavra de Deus, comprometeram-se a não mais se misturar com os idólatras através do casamento (Ne 10.30).
2. A dolorosa separação. Antes de Neemias, Esdras já havia conclamado o povo a não se misturar com os gentios: “Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos, e suas filhas não tomareis para vossos filhos” (Ed 9.12,14). Apesar desta ordenação, os judeus mesclaram-se com os pagãos através de casamentos ilícitos. Tais uniões tiveram de ser desfeitas. Foi uma medida traumática, mas necessária (Ne 10.28).
3. O jugo desigual. Não são poucos os que, atualmente, namoram e até se casam com pessoas alheias à verdadeira fé cristã, contrariando, assim, a admoestação bíblica: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas” (2 Co 6.14). Jovem, cuidado. É melhor obedecer agora do que sofrer mais tarde. Espere no Senhor. Obedeça aos seus pais. Consulte o seu pastor.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O povo é conclamado a desfazer as uniões com os pagãos, pois Deus não aprova casamentos entre crentes e descrentes.

III. O CUIDADO COM O TEMPLO DO SENHOR

1. O Templo. Os israelitas amavam o Santo Templo, pois era o lugar em que adoravam ao Senhor. Por causa disso, comprometeram-se a ofertar, voluntária e regularmente, os “dízimos da terra” para a manutenção do culto divino (Ne 10.32-38). Para os israelitas, servir a Deus naquele santuário era um ato de indizível ventura. Infelizmente, muitos já não sentem alegria de estar na casa de Deus. A Bíblia, porém, exorta-nos a que não deixemos “a nossa congregação, como é costume de alguns” (Hb 10.25). Você se lembra do que disse o salmista enquanto se encaminhava ao santuário divino: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1).
2. O dia de adoração. No Antigo Testamento, os judeus santificavam o sábado como o dia de adoração ao Senhor. Uns vendilhões e mercadores, porém, desprezando a lei divina, expunham suas mercadorias, nos portais de Jerusalém, exatamente nesse dia. Assim, desviavam os judeus de sua devoção a Deus. A fim de manter a pureza do culto divino, Neemias viu-se obrigado a tomar sérias medidas, proibindo qualquer comércio no dia de culto (Ne 10.31).
Temos nós reservado, pelo menos um dia na semana, para cultuarmos ao Senhor? Sejamos mais assíduos à Escola Dominical, aos cultos de doutrina e aos demais trabalhos da igreja. Que jamais desprezemos o culto divino.
3. A manutenção da Casa do Senhor. “Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo, para o ministério da Casa do nosso Deus; para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, e para as festas solenes, e para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para reconciliar a Israel, e para toda a obra da Casa do nosso Deus” (Ne 10.32-34).
Em virtude do concerto estabelecido entre Deus e o seu povo, os judeus, sob a liderança de Neemias, restauraram a contribuição para a manutenção da Casa do Senhor no valor de “um terço de um siclo” – quatro gramas de prata. As ofertas eram trazidas com alegria aos oficiantes do culto. Os crentes verdadeiramente avivados tudo fazem com júbilo, porque desejam agradara Deus em todas as coisas. Como estamos adorando a Deus?

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Após o concerto, os israelitas comprometeram-se a ofertar para a Casa do Senhor e manter a pureza do culto divino.

CONCLUSÃO

Quando o povo de Deus, avivado por sua Palavra, compromete-se com os supremos negócios de seu Reino, a igreja desdobra-se em adoração e serviços, para que o Evangelho chegue aos confins da terra. Os crentes, então, passam a contribuir e a testemunhar com amor e intenso júbilo, porque sabem que “Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7). Sem avivamento não pode haver verdadeira adoração. Aviva, ó Senhor, a tua obra.

VOCABULÁRIO

Jugo: Opressão; sujeição.
Oficiante: Celebrante.
Ventura: Boa Sorte; felicidade.

EXERCÍCIOS

1. Após a restauração dos muros de Jerusalém, o que os judeus experimentaram?
R. Após a restauração dos muros de Jerusalém, os judeus experimentaram um genuíno e profundo avivamento.

2. Segundo a lição, o que é liderança?
R. Segundo a lição, liderança é caráter e exemplo.

3. Após retirar Israel do Egito, qual a ordenança de Deus para o povo?
R. Após retirar Israel do Egito, Deus ordenou que não se misturassem com os outros povos.

4. Por que os israelitas se comprometeram a ofertar voluntariamente para a manutenção do Templo?
R. Os israelitas se comprometeram a ofertar voluntariamente para a manutenção do Templo, porque eles o amavam e era o lugar de adoração ao Senhor.

5. O que acontece quando o povo de Deus se compromete com os negócios do reino divino?
R. A igreja desdobra-se em adoração e serviços, para que o evangelho chegue até os confins da terra.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Bibliológico

“Além do avivamento iniciado na Porta das Águas, o gesto mais significativo da resposta à graça e à visitação de Deus ainda estava por vir. No vigésimo quarto dia daquele mês, três semanas e meia depois, foi estabelecido um dia nacional de arrependimento e renovação do compromisso. [Os judeus] comprometeram-se a cinco atitudes específicas: primeiro, proibir casamentos mistos tanto para homens como mulheres; segundo, preservar a santidade do sábado; terceiro, proteger os pobres, deixando a terra descansar no sétimo ano (quando, de acordo com Êx 23.11, os pobres poderiam servir-se de qualquer coisa que nela crescesse), e perdoando toda dívida no sétimo ano, de acordo com Deuteronômio 15.1-11; quarto, apresentar no Templo todo o primogênito, tanto dos humanos quanto dos animais, o que significaria pagar um preço pelo primeiro e entregar o segundo (veja Nm 18.14-19); e quinto, fornecer dinheiro (taxa do Templo), lenha e o dízimo para a manutenção do serviço do Templo, ‘assim não desampararíamos a Casa do nosso Deus’ (Ne 10.39; veja vv.30-39). Além da intrínseca importância desses compromissos para uma vida nacional piedosa, eles tinham um claro significado de penhor, garantindo que toda a Lei seria fielmente guardada, e demonstrando a resolução de pôr Deus acima de todas as coisas. Constituíam-se eles numa comovente expressão de fé, esperança e amor” (PACKER, J. I. Neemias — Paixão Pela Fidelidade. RJ: CPAD, 2010, pp.180-81).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Bibliológico

“O Templo
A principal palavra hebraica para ‘templo’ é hekal, ‘palácio, edifício grande’ (cf. 1 Rs 21.1; Sl 45.8,15; Is 39.7). É uma palavra estrangeira incorporada do acádio ekallu, por sua vez importada do sumério E-GAL, ‘casa grande’. Além de suas referências ao Templo em Jerusalém, a palavra é usada para o santuário de Siló (1 Sm 1.9; 3.3), para a morada de Deus nos céus (2 Sm 22.7; Sl 11.4; 18.6; Is 6.1), e para templos pagãos (Jl 3.5). O termo heb. bayith, ‘casa’, é também frequentemente usado para templo, tanto para o templo de uma divindade pagã (Jz 9.46; 2 Rs 10.21 etc.) como para o Templo de Deus em Jerusalém (1 Rs 6.2-10; 2 Cr 35.20; etc.).
Em contraste com um ‘lugar alto’ (q.v.) ao ar livre, um templo era considerado principalmente a ‘casa’ ou local de morada de uma divindade, e apenas secundariamente um local de adoração. Assim sendo, o santuário mais interno, onde a imagem do deus (ou a arca da aliança do Senhor) era colocada, era geralmente uma pequena sala separada do povo.
Em grego, há 2 termos que significam ‘templo’. O mais genérico é hieron, o local do sacerdote, que se aplicava a todo o complexo do Templo com todos os seus átrios e prédios auxiliares. O mais específico é naos, ‘santuário, templo’, o próprio prédio principal do Templo. O uso bíblico desses termos é principalmente em referência ao santuário nacional dos judeus em Jerusalém, localizado no monte Moriá.
[...] O Segundo Templo
Esse segundo prédio não poderia ser comparado, em esplendor, com o de Salomão, mas ocupava o mesmo local e foi construído, de forma geral, utilizando a mesma planta. Deduz-se de Zacarias 6.9ss. que esse trabalho foi apoiado de forma generosa por aqueles que haviam permanecido na Babilônia.
Esse Templo, às vezes chamado de Templo de Zorobabel de acordo com o Talmude, carecia de cinco itens que havia no Templo de Salomão. Estes eram a arca da aliança, o fogo sagrado para consumir a oferta queimada inicial e os sacrifícios, a glória Shekinah, o Espírito Santo, e o Urim e Tumim. De acordo com Josefo, não havia nada no Santo dos Santos, onde a arca da aliança havia estado. Uma pedra foi colocada ali para uso do sumo sacerdote, mas não havia nenhum móvel. Nessa pedra o sangue da expiação era aspergido no Dia da Expiação, ao invés de no propiciatório da arca, como no Templo anterior” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. RJ: CPAD, 2009, pp.1893,1898).

Olá gente! Estive ausente, mas já voltei!

domingo, 25 de setembro de 2011

4º TRIMESTRE

Lições Bíblicas CPAD






4º Trimestre de 2011



Título: Neemias — Integridade e coragem em tempos de crise




Lição 1: Quando a crise mostra a sua face

Data: 2 de Outubro de 2011


TEXTO ÁUREO



E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo(Ne 1.3).


VERDADE PRÁTICA



Somente uma liderança guiada e orientada por Deus pode vencer a crise.


LEITURA DIÁRIA



Segunda - 1 Sm 15.22

O obedecer é melhor do que o sacrificar






Terça - Cl 3.6

A desobediência atrai a ira de Deus






Quarta - 1 Rs 8.46

O pecado é causa de cativeiro






Quinta - Ed 9.7

As iniquidades são causa de cativeiro






Sexta - 2 Cr 7.14

A intercessão livra do cativeiro






Sábado - Sl 126.1,2

A libertação traz alegria


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



Neemias 1.1-7.



1 - As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza,

2 - que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam e que restaram do cativeiro e acerca de Jerusalém.

3 - E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo.

4 - E sucedeu que, ouvindo eu essas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.

5 - E disse: Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e terrível, que guardas o concerto e a benignidade para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos!

6 - Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, de dia e de noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que pecamos contra ti; também eu e a casa de meu pai pecamos.

7 - De todo nos corrompemos contra ti e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo.



INTERAÇÃO




Prezado professor, antes de iniciar a aula de hoje apresente aos alunos o tema geral deste trimestre: “Neemias, integridade e coragem em tempos de crise”. Comente que as treze lições falam dos principais desafios do mundo contemporâneo para a liderança cristã. Vivemos em meio a uma sociedade ética e moralmente falida. Por isso, a fim de influenciar nossa nação, precisamos de uma liderança comprometida com os valores do Reino de Deus. O comentarista deste trimestre é o pastor Elinaldo Renovato de Lima, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN, comentarista de Lições Bíblicas, professor universitário, bacharel em Ciências Econômicas e autor de diversas obras editadas pela CPAD. Deus o abençoe!



OBJETIVOS




Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Reconhecer que em tempos de crises Deus dá o escape.
  • Compreender a chamada de Neemias.
  • Saber que devemos orar em tempos de crise.



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA




Caro professor, o livro de Neemias narra todo o processo de reconstrução dos muros de Jerusalém. A serviço de Artaxerxes, rei da Pérsia, Neemias recebeu um triste diagnóstico social da Cidade Santa e pôs-se a orar pela intervenção de Deus em favor de Jerusalém. Como resposta de sua prece, o capítulo 2 descreve que, através de Artaxerxes, Neemias foi nomeado governador da cidade e iniciou a restauração moral e política de Jerusalém. Portanto, antes de iniciar a lição deste domingo, apresente aos alunos o esboço geral do livro de Neemias (conforme o quadro abaixo).







COMENTÁRIO




introdução



Palavra Chave

Crise: Momento perigoso ou decisivo.



Ao longo deste trimestre, estudaremos a vida, a obra e o ministério de Neemias. Veremos como se deu a reconstrução dos muros de Jerusalém por Israel e como este, ao se voltar à Palavra de Deus, teve a sua fé renovada.

Nesta lição, em particular, destacaremos os aspectos biográficos de Neemias. Estudaremos também a crise que o levou a interceder diante de Deus por seu povo e a agir, ousada e sabiamente, a fim de restaurá-lo espiritual e moralmente.



I. A CRISE EM JERUSALÉM



1. Antecedentes históricos. Por causa de sua deliberada desobediência ao Senhor, o reino do Norte, composto por dez tribos, foi destruído pela Assíria que, para humilhar ainda mais os filhos de Israel, levou-os cativos à Mesopotâmia. Isso aconteceu em 722 a.C. Em 586 a.C, foi a vez do reino do Sul. Veio Nabucodonosor contra Jerusalém, deitou por terra o Santo Templo e derribou os muros da Cidade Santa. Em seguida, levou os filhos de Judá cativos a Babilônia, onde permaneceriam durante setenta anos (Jr 25.11).

2. Deus dá o escape. Com a ascensão do império medo-persa no ano 536 a.C, o rei CiroDn 8.3; Ed 1.1). O Senhor sempre dá um escape aos seus servos, quando estes o honram e lhe obedecem à Palavra. Observemos que Ciro era um rei gentio. Isso nos mostra que Deus, para cumprir o seu propósito, usa a quem Ele quer e como quer.

3. A volta com Zorobabel. Sob a proteção de Ciro, uma primeira leva de 42.360 judeus, sob a liderança de Zorobabel, retorna a Jerusalém, para reconstruir a cidade e a Casa de Deus (2 Cr 36.22,23; Jr 29.10). No Êxodo, a população de Israel era, de acordo com alguns cálculos, de aproximadamente três milhões de pessoas. Mas esse número foi decrescendo à proporção que o povo se rebelava contra Deus. A desobediência é pecado e todo pecado traz irreparáveis consequências. Por isso, deve o crente afastar-se da iniquidade e de tudo que lhe possa prejudicar a comunhão com o Senhor.

Zorobabel começou a reconstrução pelo altar (Ed 3.2,3). Se este acha-se em ruínas, nada prospera no meio do povo de Deus. Algum tempo depois, os inimigos levantaram-se e denunciaram a reconstrução da cidade ao rei medo-persa que, nessa ocasião, era Artaxerxes. Eles pediram-lhe que ordenasse a paralisação dos trabalhos. Mas, com a subida de Dario ao trono, a obra foi retomada e concluída (Ed 6). O Santo Templo foi reinaugurado em 516 a.C (Ed 6.13-22).



SINOPSE DO TÓPICO (I)



Através do rei Ciro, o Senhor proporcionou o escape ao povo judeu, trazendo Zorobabel a Jerusalém para reconstruí-la.



II. O CHAMADO DE NEEMIAS



1. Quem era Neemias. Seu nome significa “Deus consola”. Ele era filho de Hacalias e o seu irmão chamava-se Hanani (Ne 1.1; 7.2). Na corte persa, exerceu a função de copeiro do rei Artaxerxes I. Como se vê, Deus usa as pessoas segundo o seu querer e de acordo com a sua vontade.

2. Chamado por Deus. Catorze anos depois da expedição de Esdras a Jerusalém, em 444 a.C, Neemias recebe urgentes e preocupantes notícias de Jerusalém. Apesar de o Santo Templo já estar funcionando conforme as leis levíticas, a cidade encontrava-se ainda abandonada (Ed 6.14-16; Ne 1.1.2). Ele, então, sente o chamado de Deus para deixar o conforto palaciano e viajar para Israel, a fim de reconstruir os muros da Cidade Santa que se achavam fendidos “e as suas portas, queimadas a fogo” (Ne 1.3).

Aqui, temos uma grande lição. Templo sem muros é igreja sem doutrina. E as portas queimadas representam o liberalismo que, infelizmente, predomina em muitas igrejas, facilitando a entrada de costumes mundanos entre os santos. Não é o que ocorre em nossos dias? Que jamais venhamos abandonar os padrões bíblicos de santidade, conduta e ética.

3. Orando em tempos de crise. “Assentei-me e chorei” (Ne 1.4). Ao tomar conhecimento da situação de seu povo, em Jerusalém, Neemias sentiu-se incomodado e pôs-se a orar ao Senhor. Sua oração, regada com abundantes lágrimas e acompanhada de jejum, lamentos, adoração e confissão, é um exemplo de como um homem de Deus deve proceder em momentos de crise (Ne 1.5-10). Ele fez o que o Senhor ordenou em 2 Crônicas 7.14. Neemias orou durante quatro meses antes de se dirigir ao rei (cf. 1.1 e 2.1). A oração é a chave que nos abre as portas dos céus. Neemias não confiava em sua capacidade ou habilidades diplomáticas. Sua confiança estava no Todo-Poderoso que ouve e responde as nossas orações.



SINOPSE DO TÓPICO (II)



Neemias foi chamado por Deus para deixar o conforto palaciano a fim de reconstruir os muros de Jerusalém.



III. A INTERCESSÃO DE NEEMIAS



1. Ele Adorou a Deus. “E disse: Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e terrível, que guardas o concerto e a benignidade para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos!” (Ne 1.5). Neemias não iniciou sua oração, pedindo; iniciou-a, adorando a Deus. Antes de pedir, de suplicar, o crente deve adorar e exaltar o nome do Senhor. Adore ao Senhor pelo que Ele é independentemente do que venha a fazer em seu favor.

2. Ele intercedeu por seu povo (Ne 1.6). Hoje, mais do que nunca, há necessidade de contínua intercessão pela família, pela igreja e pela nação. A sociedade atual em nada difere de Sodoma e Gomorra. Os governos posicionam-se abertamente contra os princípios da Palavra de Deus. O aborto é defendido como “caso de saúde pública” e não de ética ou de moral. O homossexualismo tem expresso apoio das autoridades. Por isso, a Igreja precisa orar e suplicar ainda mais a intervenção de Deus em nossa nação (2 Cr 7.14). Temos de interceder, chorar e jejuar por nosso país antes que seja tarde.

3. Ele fez confissão de pecados (Ne 1.6b). A confissão foi certamente um dos pontos altos da oração de Neemias. Ele tinha consciência do pecado de seu povo contra Deus. Aliás, Israel mesmo conhecia as advertências dos profetas quanto à desobediência à lei divina. Uma das mais terríveis era a sua dispersão pelas nações (Ne 1.9). Foi exatamente o que aconteceu: os judeus amargaram setenta anos de exílio em Babilônia (Jr 25.11,12; 29.10). Para castigar, Deus tem limites, mas para abençoar, é ilimitado. Sua benignidade é para sempre (Sl 106.1).



SINOPSE DO TÓPICO (III)



A intercessão de Neemias caracterizou-se pela adoração a Deus, súplicas pelo povo e confissão sincera de pecados.



CONCLUSÃO



Nesta lição, aprendemos que Deus levanta homens, como Neemias, para executar seu propósito. O bravo e sábio judeu liderou a reconstrução de Jerusalém e a restauração espiritual do seu povo. Ele não se limitou a orar pela nação, mas agiu e não se curvou às circunstâncias. Precisamos de homens de oração e iniciativa para que ajudem na restauração moral e espiritual de nossa gente.



VOCABULÁRIO




Expedição: Grupo que viaja a uma região para inspecioná-la. Mesopotâmia: Região situada entre rios.






EXERCÍCIOS



1. Em que ano o reino do Sul foi levado cativo à Balilônia?

R. 586 a.C.



2. Quanto tempo o povo permaneceu no cativeiro?

R. Setenta anos.



3. Cite o nome do rei que permitiu a volta dos judeus a Jerusalém para reconstruir o Templo e os muros.

R. O rei Ciro.



4. Faça um pequeno resumo a respeito de Neemias.

R. O nome Neemias significa “Deus consola”. Ele era filho de Hacalias. Na corte persa, exerceu a função de copeiro do rei Artaxerxes I. Em 444. a.C, após receber notícias preocupantes de Jerusalém, Neemias deixa a Pérsia e viaja para a Cidade Santa, a fim de reconstruí-la.



5. Qual foi um dos pontos alto da oração de Neemias?

R. A confissão.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

LIÇÃO BIBLICA DOMINICAL

Lição 13 – A Plenitude do Reino de Deus

25 de setembro de 2011
Texto Áureo
“Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.” (Is 11.1). – Renovo é título messiânico aplicado a Jesus, que produz fruto espiritual; Ap 5.5 denomina Cristo como ‘a Raiz de Davi’; “Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e de Belém, da aldeia de onde era Davi?” (Jo 7.42, de onde temos o título ‘Filho de Davi’ - título messiânico que descreve o Senhor Jesus como herdeiro eterno do trono de Davi. A profecia Messiânica fala de um rei ideal da linhagem de Davi que combinaria poder e divindade (Jr 23.5; Zc 3.8). Entende-se que após a divisão do reino, vieram dificuldades, mas dessa raiz danificada Deus faz brotar nova vida como rebento/renovo da linhagem de Davi. Sem dúvida, uma mensagem de esperança anunciada por Isaías. Deus prometeu a Davi um trono eterno. A dinastia davídica seria perpetuada através do Rei-Messias, o Senhor Jesus Cristo (Sl 89.3,4, 34-37; Is 9.7; 11.1,10; Jr 23.5,6).
Verdade Prática
Na consumação de todas as coisas, Deus estabelecerá plenamente o seu Reino e o entregará como herança aos que tiverem recebido a Jesus Cristo como o seu Salvador.
Leitura Bíblica em Classe
Isaías 11.1-9
Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender que a plenitude do Reino é a nossa bendita esperança;
- Saber que o Reino de Deus é uma sublime realidade, e
- Conscientizar-se de que a efetivação do Reino se dará com a segunda vinda de Cristo.
Palavra-chave
PLENITUDE
Estado ou qualidade do que está completo.
Comentário
(I. Introdução)
- Neste domingo estudaremos a última lição do trimestre! É oportunidade para programarmos um ‘marketing’ em nossa Escola Dominical a fim de atrair, convencer, cativar, conquistar e manter alunos. É nossa responsabilidade, portanto, esmero em realizar um ensino com cuidado especial, com dedicação e com amor é o que o Mestre por excelência espera de nós. Esforcemo-nos no ministério que Deus providenciou para cada uma de nós e que o Espírito Santo possa mostrar-nos a responsabilidade que temos (“De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, ... se é ensinar, haja dedicação ao ensino”, Rm 12.6,7).
De acordo com Isaías 9.6,7, o descendente de Davi, Rei-Messias, é divino, e seu Reino é eterno. Davi foi um “pai” temporário para seu povo; o Messias é um Pai imortal, eterno para todos os povos (Sl 2.6-8; Lc 22.29). Jesus é o eterno Renovo do tronco de Jessé. Ele não se manifestou no período áureo do reinado de Davi ou de Salomão, quando o reino de Israel era uma árvore frondosa e frutífera. Mas, na ocasião em que o machado derrubara o arvoredo, restou à descendência de Jessé, apenas um tronco, por amor a Davi. Desse tronco surge o Netzer, o ‘Renovo’. Deste termo origina-se a palavra Nazaré, região da qual surgiu o Profeta-Messias (Lc 24.19). Jesus brotou como um rebento da combalida dinastia davídica (“a raiz de Jessé”), a fim de cumprir as profecias messiânicas feitas a Davi, o rei teocrático do Eterno. Esta profecia demorou cerca de 700 anos para se cumprir. E, hoje, depois de dois milênios, nós, os eleitos, aguardamos o pleno cumprimento da restauração do trono de Davi, por meio do Rei dos reis e Senhor dos senhores. O Messias foi exaltado como Senhor pelo SENHOR (Sl 110.1). Em breve Ele voltará a este mundo para buscar os seus súditos: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre eles. Sim! Amém!” (Ap 1.7). Boa Aula!
(II. Desenvolvimento)
I. A PLENITUDE DO REINO: UMA BENDITA ESPERANÇA
1. O Deus da esperança. A autoridade para governar a Terra foi dada por Deus a Adão desde o princípio (Gn1:26-30). Enquanto ele viveu em sujeição a Deus tudo correu bem, mas quando decidiu ser independente e fazer sua própria vontade, foi apanhado pelas mentiras de Satanás (Gn3:1-7) e acabou ficando sujeito a este (Ef2:1-3); e com ele todos os seus descendentes (Rm3:23a) e também a própria terra que estava sob sua responsabilidade (Lc4:5). Como resultado da desobediência aos termos do seu governo, o homem cai, experimentando a perda do seu domínio (Gn 3.22,23), tudo o que se achava sob o seu domínio delegado passa a estar sob maldição, assim como o seu relacionamento com o Eterno, a principal fonte do seu poder para governar é interrompida e perde o poder da 'vida', essencial ao governo no Reino de Deus (Gn 3.17-22). Contudo, um fato oferece esperança, Deus age de forma redentora e promete um plano para restaurar todas as coisas (Gn 3.15). O Novo Testamento refere-se à segunda vinda de Cristo como sendo a bendita esperança de todo cristão verdadeiro: “A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que… vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e salvador Cristo Jesus“ (Tt 2.11,13). Não somente a manifestação ou aparição de Cristo, mas também uma nova ordem de coisas. “Nós, segundo a sua promessa, esperamos novos Céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2Pe 3.13).
2. Em Cristo, temos esperança. Quando Jesus Cristo veio em carne, o reino de Deus chegou outra vez aos homens (Mc 1.14-15; Lc 11.20). Ele exerceu a autoridade de Rei e Senhor sobre os homens, as doenças, os demônios, as forças da natureza, e até sobre a morte. Após sua morte e ressurreição Ele mesmo disse a seus discípulos: “toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). A bendita esperança é quando os cristãos aguardam com esperança e alegria o estar com Cristo na glória para sempre. (Jo 14.1,2). Para muitos de nós, a vida, mesmo a vida cristã, é uma grande luta, às vezes uma luta bastante cruel. Mas isto não vai ficar assim, indefinidamente. Não foi isso que Deus planejou para nós. Ele planejou e vai fazer acontecer um futuro maravilhoso. Este seu propósito se cumprirá plenamente no dia da volta de Cristo: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1Co 2.9). A "bem-aventurada esperança" pela qual todo cristão deve ansiar é o "aparecimento da glória do grande DEUS e nosso Senhor JESUS CRISTO" e a nossa união com Ele por toda a eternidade (Jo 14.3). Essa esperança pode ser concretizada a qualquer momento (cf. Mt 24.42; Lc 12.36-40; Tg 5.7-9). Assim sendo, os cristãos nunca devem abrir mão da sua expectativa mantida em oração de que talvez ainda hoje a trombeta soará e o Senhor voltará. Essa é a verdadeira esperança da igreja, estamos aguardando Um que virá do Céu. Entendamos que esta esperança não é a de irmos para o Céu quando morrermos, nem se trata do glorioso Milênio, o qual virá a seu tempo, quando iremos morar com Ele. Nossa Bem-aventurada esperança é o retorno pessoal do mesmo Jesus que veio ao mundo para sofrer humilhação, tendo morrido na cruz em nosso lugar: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito” (1Pe 3.18). Ele mesmo voltará, o Noivo celestial vai voltar para a Sua Noiva, a fim de conduzi-la ao lar celestial, onde ela viverá para sempre com Ele. No dizer de Paulo, “Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.9,10); “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28); “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.20,21); “... mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23); “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7); “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13); “E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10); Estes textos mostram qual é a verdadeira esperança da igreja, ou seja, pelo que estamos esperando. Esta é nossa esperança, deliciosa, santificadora, e nada pode interpor-se a ela.
3. A esperança do Reino para a Igreja. Paulo declara enfaticamente que, sem Cristo, o homem não tem esperança (Ef 2.12), não pode ter o tipo de esperança a que a Bíblia se refere. A igreja é a expressão do Reino de Deus quando se torna anunciadora da esperança confirmada pela ressurreição de Jesus Cristo. A igreja, portanto, é chamada para mediar a presença de Cristo, que por sua vez media o futuro de Deus. O Reino de Deus é o real fundamento da teologia da igreja, pois à igreja é dada uma obrigatoriedade missionária, pois ela está ligada à sociedade e compartilha com ela os sofrimentos desta época, formulando esperança em Deus para as pessoas. O deplorável estado que se encontra o mundo com toda a sorte de tribulação, ilegalidade, malignidade, miséria, dor, tristeza e perplexidade não é novidade para o crente que vive a 'bem-aventurada esperança'. A esperança do futuro Reino de Deus é tarefa da igreja quando assume concretamente a sociedade em que esta inserida dando um horizonte de esperança, justiça, vida, humanidade. Isso só é possível com a pregação do evangelho. A missão é a proclamação de uma esperança viva, ativa e apaixonada pelo Reino de Deus e seus valores vivenciados por Jesus conforme os evangelhos.
Sinopse do Tópico (1)
A Igreja de Deus deve fazer a diferença neste mundo pecaminoso aguardando a plenitude do Reino.
RESPONDA
1. Qual era a função de Adão e Eva no Éden?
2. De acordo com a lição, o que somos convocados a cultivar?
II. O REINO DE DEUS: UMA SUBLIME REALIDADE
1. Nas Escrituras. É verdade que a Bíblia centraliza a sua atenção na primeira vinda de Cristo, que levou a efeito a salvação, e fez com que o futuro irrompesse no presente de forma promissora. Mas a Parousia de Cristo, que introduzirá a consumação do plano de Deus e da glória da qual compartilharemos, também está sempre em mira. Os profetas do Antigo Testamento anteviam os últimos dias sem indicarem quando exatamente ocorreriam. Seu propósito não era satisfazer a curiosidade das pessoas, mas focalizar o propósito de Deus e usar as profecias como incentivo para obedecer à vontade de Deus no tempo presente. Isaías, por exemplo, contava a respeito de um tempo em que o monte da casa de Deus seria exaltado 'e concorrerão a ele todas as nações. E virão povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR... para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas' (Is 2.2,3)[1]. O profeta Isaías identifica sua mensagem escatológica, no que diz respeito ao estabelecimento da Casa do Senhor, para a qual afluirão todos os povos. Após o julgamento e a correção de Deus os povos gozarão de paz universal (Is 2.1-5). A expressão usada por Isaías “naquele dia” é também indicadora da mensagem escatológica do profeta, na qual anuncia. O profeta prevê a extensão mundial do reino quando declara que: “Naquele dia, a raiz de Jessé será como uma bandeira aos povos, para onde as nações recorrerão; o seu descanso será glorioso” (Is 11.10). Há um kerigma escatológico na profecia de Isaías identificada à luz do Novo Testamento: “A glória do Senhor se revelará; e todos juntos a verão. Aqui está o meu servo a quem sustento; o meu escolhido, em quem me alegro; pus o meu Espírito sobre ele; ele trará justiça às nações” (Is 40.1-5; 42.1). O profeta Daniel também vaticina e renova a esperança do reino escatológico. Cativo na Babilônia, apresenta-se ao grande rei Nabucodonosor e relata a interpretação da visão dos reinos que sucederiam no cenário mundial, e deixa claro que o Soberano reina sobre a terra acima dos poderosos: “É Ele quem remove reis e estabelece reis. O Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens e o dá a quem quer” (Dn 2.21; 4.25). De modo semelhante, o Novo Testamento emprega a esperança da Parousia de Cristo como motivação: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro" (1Jo 3.2,3). O teor da mensagem no Novo Testamento é a Parousia de Jesus e o estabelecimento do Reino de Deus.
2. No presente. Deus está ativo na história da humanidade, redimindo-a em Cristo a fim de fazer Sua vontade soberana conhecida e experimentada pelos homens (Ef 1.5-9; Rm 12.1-2). O Reino de Deus foi inaugurado em Cristo e continua através de Sua igreja. A igreja é muitas vezes referida nas Escrituras como o “corpo de Cristo”. “Corpo de Cristo” significa senão que somos unidos misticamente com Cristo e, conseqüentemente sua missão se torna nossa missão, como Júlio Zabatiero explica: “a missio Christi também deve ser a missio ecclesia[2]”. O Evangelho é as boas novas desse Reino (Mt 24.14). Proclamação, kerigma, é ato de anunciar os decretos reais, tornando-os conhecidos. A ordem do Rei é que proclamemos a chegada deste Reino, seus valores e caráter, a todos e em todo lugar. Obediência, vista nesta ótica não é um peso e sim um privilégio. A submissão à vontade de Cristo nos torna participantes do projeto do Rei. Como o palco do estabelecimento deste Reino é o mundo, existe uma resistência por parte das forças do “anti-Reino”, como afirma Leonardo Boff, em seu livro Igreja Carisma e Poder. Ele fala ainda mais que “impõe-se sempre um oneroso processo de libertação para que o mundo possa acolher em si o Reino e desembocar no termo feliz”. O apostolo Paulo escrevendo para a igreja de Colossos diz que “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor” (Cl 1.13). A igreja como agente do Reino é o instrumento de Deus para libertar as pessoas das forcas opressivas e destrutivas. É a Ecclesia de Cristo, em obediência a Sua vontade soberana, existindo como extensão da Sua obra, que se move pelo mundo, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela! (Mt 16.18-19)[3]. Nos Evangelhos, a expressão “Reino de Deus” (basileia tou theou) aparece 51 vezes, sendo 4 em Mateus, 14 em Marcos, 31 em Lucas e 2 em João. Além dos Evangelhos a expressão também aparece em Atos e em algumas cartas de Paulo (Romanos, 1 Coríntios, Gálatas, Colossenses e 2 Tessalonicenses) totalizando 65 ocorrências no Novo Testamento. A expressão “Reino dos Céus” (basileia tôn ouranôn) aparece somente em Mateus em 32 ocorrências. Outras várias ocorrências usando apenas “Reino” também estão presentes nos Evangelhos, como a conhecidíssima expressão na oração do “Pai Nosso”: “...venha o teu reino...”.
3. No futuro. A segunda vinda de Cristo completará a colheita da ressurreição. Tendo vencido todos os inimigos, Cristo passará as rédeas do governo divino a Deus, o Pai. Na perícope de 1Co 15.24-28, Paulo argumenta que a ressurreição não é um evento isolado, com repercussão isolada, antes, é um acontecimento integrado e culminante no governo soberano de Deus sobre a história. A redenção estará completa até que Cristo “haja posto todos os inimigos debaixo dos pés” (v 25), uma referencia clara a Sl 110.1[4]. Quando Jesus voltar em glória, destruirá todos seus inimigos, “os reinos deste mundo passarão a ser de nosso Senhor e de seu Cristo e Ele reinará para todo o sempre”. Este é o clamor da sétima trombeta (Ap 11.15). Diante Dele todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor (Fp 2.10-11). Ele iniciará um reino de mil anos sobre a terra, sem a interferência de Satanás, levando-a a um estado de paz e harmonia, resultantes de Seu governo no coração dos homens e toda terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as água cobrem o mar (Is 11.9).
Sinopse do Tópico (2)
No futuro o Reino de Deus será espiritual e universalmente pleno.
III. A CONSUMAÇÃO FINAL DO REINO DE DEUS
1. Aguarda a sua efetivação. O reino de Deus não é um lugar, nem um sistema, nem um povo, nem está restrito a apenas um período da história. O significado básico da palavra βασιλεια (Basiléia), traduzida por reino, é “reinado”, ela designa a posição e a existência do rei, trazendo o sentido de poder real e autoridade. Quando aplicada a Deus, o qualifica como o Soberano de todas as coisas, o Rei do Universo. Reino de Deus é a ação de reinar de Deus. A posição de Rei é inerente a Deus. Ele reina porque é Deus. Assim o reino de Deus é tão eterno quanto Ele, existe desde quando Deus existe e durará enquanto Deus durar (Sl 10.16, Sl 29.10, Jr 10.10, Lm 5.19); ele é ilimitado e abrange tudo e todos (Sl 103.19, Dn 4.17,25,32).Todos que rejeitam este reino sofrem as conseqüências perdendo seus benefícios, mas não conseguem se livrar da autoridade de Deus. Assim como ocorreu com Satanás e seus anjos (Is 14.12-15, Ez 28.11-19, Jd 6) e com os homens (Gn 2.15-17, 3.1-19; Rm 5.12). Hoje, os homens vivem “fora” do reino de Deus, pois não se sujeitam espontaneamente ao Seu governo e não fazem a Sua vontade. Porém não podem se livrar da autoridade do Rei, que lhes determina condenação eterna por causa dessa rebeldia. Esta situação só pode ser mudada quando uma pessoa se arrepende e recebe, pela fé, Jesus Cristo como o Senhor de sua vida (κυριοσ/kyrios = dono, senhor, soberano), demonstrando sujeição a sua vontade através da obediência. Assim, apesar de haver resistência, Deus reina soberano eternamente sobre os céus e sobre a terra e ironicamente ri daqueles que se levantam contra ele (Sl 2). Ninguém pode detê-lo, nada lhe escapa ao controle. Quem O impedirá de realizar os Seus desígnios? [5]
2. No Milênio. Reino Milenar é o nome dado aos 1000 anos do reinado de Jesus Cristo na terra. Alguns buscam interpretar os 1000 anos de forma alegórica. Alguns entendem os 1000 anos meramente como uma forma figurativa de dizer “um longo período de tempo”. Disto, resulta que alguns não esperam um reinado literal e físico de Jesus Cristo na terra. Entretanto, por 6 vezes, Apocalipse 20:2-7 fala do Reino Milenar com duração específica de 1000 anos. Se Deus quisesse dizer “um longo período de tempo”, Ele poderia facilmente tê-lo feito, sem explicitamente e repetidamente mencionar o exato período de tempo. Segundo a Bíblia, quando Cristo retornar à terra, Ele Se estabelecerá como Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lucas 1:32-33). Os pactos incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para estabelecer o reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma posteridade, um governante e uma bênção espiritual (Gênesis 12-1-3). O pacto da Palestina prometia a Israel a restauração e ocupação da terra (Deuteronômio 30:1-10). O pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio pelo qual a nação poderia ser abençoada (Jeremias 31:31-34). Na segunda vinda, estes pactos serão cumpridos quando Israel for “ajuntada” das nações (Mateus 24:31), se converter (Zacarias 12:10-14) e for restaurada à terra sob a liderança do Messias, Jesus Cristo. A Bíblia fala das condições durante o Milênio como um ambiente perfeito, fisicamente e espiritualmente. Será um tempo de paz (Miquéias 4:2-4; Isaías 32:17-18); gozo (Isaías 61:7,10); conforto (Isaías 40:1-2); sem qualquer pobreza (Amós 9:13-15) ou enfermidade (Joel 2:28-29). A Bíblia também nos diz que somente os crentes terão acesso ao Reino Milenar. Por isso, será um tempo de completa justiça (Mateus 25:37; Salmos 24:3-4); obediência (Jeremias 31:33); santidade (Isaías 35:8); verdade (Isaías 65:16) e plenitude do Espírito Santo (Joel 2:28-29). Cristo governará como rei (Isaías 9:3-7; 11:1-10), com Davi como regente (Jeremias 33:15,17,21; Amós 9:11). Os nobres e príncipes também reinarão (Isaías 32:1; Mateus 19:28). Jerusalém será o centro “político” do mundo (Zacarias 8:3). Apocalipse 20:2-7 simplesmente dá o período de tempo exato do Reino Milenar. Mesmo sem estas Escrituras, há inúmeras outras que apontam para um reino literal do Messias na terra. O cumprimento de muitos dos pactos e promessas de Deus se baseia em um futuro reino literal e físico. Não há bases sólidas para que se negue uma compreensão literal do Reino Milenar e sua duração de 1000 anos[6]. Apocalipse 20.1-10 determina que este período terá uma duração de mil anos, sendo por isso chamado milênio. O número “mil” não é simbólico nem alegórico, pois nestes versículos, a expressão “mil anos” é mencionada seis vezes, sendo 3 delas na forma definida “os mil anos”, indicando um período específico de tempo com duração determinada de mil anos.
3. Serão novas todas as coisas. "E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte” (Ap 21.1-8). Esta descrição feita por João é uma das mais fascinantes das Escrituras. Ela abre as portaspara o cenário que nos aguarda na eternidade, conduzindo-nos a nossa pátria celestial (Fp 3.20; Hb 11.16). Haverá novos céus e nova terra, pois os anteriores foram consumidos pelo fogo (2Pe 3.7-10). Não sabemos como serão os novos céus e a nova terra, mas o mais importante é revelado: o próprio Deus, nosso Pai, estará conosco e viverá entre nós (v 3,7). Este é o presente mais precioso que qualquer um de nós poderá receber e só nos é permitido tomar parte deste momento por causa do imenso amor que nosso Senhor Jesus demonstrou na cruz, dando Sua vida para nos fazer participantes de Sua herança nos santos. Não haverá mais morte (v 4), pois ela terá sido lançada no lago de fogo por toda a eternidade, não podendo mais agir sobre ninguém. Beberemos gratuitamente da fonte da água da vida (v 6) , o acesso à árvore da vida que tinha sido bloqueado no princípio (Gn 3.22-24) será novamente liberado (v 22.14) e comeremos do seu fruto livremente. Não haverá mais tristeza, nem choro nem dor, mas a alegria imensa da presença do Pai nos satisfará plenamente com abundante felicidade. Não haverá mais noite e nem será necessária nenhum tipo de luz natural, pois Deus mesmo nos iluminará com sua presença.
Sinopse do Tópico (3)
Após o milênio o Reino eterno de Deus será plenamente estabelecido. E os remidos da Antiga e da Nova Aliança habitarão na Nova Jerusalém.
RESPONDA
3. Quem consumará o Reino de Deus de maneira plena?
4. O que vaticinaram os profetas do Antigo Testamento sobre o Reino do Messias?
5. Você deseja ser um agente transformador na sociedade?
(III. Conclusão)
O cumprimento final do supremo propósito de Deus se dará quando toda Sua grande família, Tantos como a areia da praia!/Tantos como a areia do mar!/Que gozo sentirá/Todo o salvo pois verá/Sim, tantos como a areia da praia! (509 HC), estiver reunida diante Dele revestida da glória de Seu Filho, pronta para viver a eternidade em um precioso e íntimo relacionamento com Ele. Enquanto caminhamos para esse dia, seguimos testemunhando, proclamando suas boas novas e edificando-nos uns aos outros, até que a Noiva esteja pronta e adornada para o seu Noivo. Afim de não desanimarmos diante das dificuldades que se aproximam e não desviarmos do alvo proposto, o Senhor deixou ensinamentos e orientações acerca das coisas que estão porvir. Examinando as Escrituras com um coração simples e quebrantado, podemos traçar um panorama dos fatos que nos aguardam e não ser surpreendidos por eles em nossa caminhada.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Eram mordomos da criação.
2. A ‘bem-aventurada esperança’.
3. O Senhor Jesus Cristo.
4. Os profetas vaticinaram que o reino messiânico é de justiça, paz e santidade.
5. Resposta pessoal.